A Reforma Administrativa de que ninguém fala, por Kleber Cabral
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A Reforma Administrativa de que ninguém fala, por Kleber Cabral

Kelber Cabral, presidente do Sindifisco, em artigo no Jota

Kleber Cabral, que é presidente do Sindfisco Nacional, fala da PEC 32/2020, da proposta de Reforma Administrativa do governo, para o Jota. Ele afirma que a PEC “implodirá o pouco que resta de um Estado orientado a atender o cidadão” com o que ele chama de “colonização” da esfera pública por indicações políticas.

Cabral acredita que a política do Teto de Gastos engessou o país, na medida em que os orçamentistas do governo usam a regra como desculpa para não taxar grandes fortunas, por exemplo, porque não haveria motivo para arrecadar mais sem poder gastar mais.

“A reforma administrativa joga a conta do déficit fiscal sobre as costas do servidor público. A depender da proposta original do Governo, exclusivamente sobre o servidor do Executivo. Já a reforma tributária, se conduzida na direção da justiça fiscal, inevitavelmente alcançaria a elite econômica, mesmo em alto-mar”, diz.

O autor também reafirma o viés ideológico da proposta, uma ideologia “antiestado”, segundo ele. Ao expor os pontos controversos da proposta, Cabral diz que sua junção trará instabilidade e insegurança.

“Essas figuras juntas – a fragilização da estabilidade, o vínculo de experiência e o cargo de liderança – tornarão o Estado Brasileiro, União, Estados e Municípios, muito mais porosos e suscetíveis a influências políticas, deixando a sociedade à mercê das idiossincrasias dos Governos de plantão, que com muito mais facilidade poderão povoar a Administração Pública com seus militantes. Teremos país afora várias versões dos “Guardiões do Crivella”, só que a nível nacional”, explica.

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