Impactos da Reforma: perseguições a servidores e indicações políticas
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Impactos da Reforma Administrativa: aumento de nomeações políticas e perseguições

Assédio e apadrinhamento: se a reforma administrativa passar, cenas como essas serão comuns

São destaques na imprensa nacional nesta quinta-feira (27) a ingerência política da família Bolsonaro sobre o Banco do Brasil e perseguições do governo a servidores públicos.

Jair Bolsonaro se elegeu com o discurso de que combateria as indicações políticas na administração pública, mas está fazendo justamente o contrário. Na recente mudança na cúpula do BB, ascenderam os nomes de carreira do banco ligados a políticos do núcleo mais próximo do governo.

O Jornal Valor Econômico fez um desenho da dança de cadeiras que aconteceu na instituição por influência de políticos ligados ao clã dos Bolsonaros.

Antônio Barreto, nomeado novo vice-presidente de governo, é ligado a Onyx Lorenzoni, ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Servidores veem influência de Flavio Bolsonaro na nomeação de Renato Naegele para a vice-presidência de agronegócios da instituição.

Essas relações escusas das instituições com a família do presidente da República casam perfeitamente com um movimento que não é novo mas se tornou comumente usado por esse governo: a perseguição política a servidores públicos.

Na semana passada, ocupou as páginas de notícias a denúncia de que Mario Frias, secretário especial de Cultura do governo Bolsonaro, anda pelo órgão armado, causando desconforto entre os servidores e os terceirizados. Além disso, os servidores relatam assédio institucional e moral, perseguições e boicotes.

Essa é uma prática que vem se tornando cada vez mais comum no governo de Jair Bolsonaro, e acontece principalmente em setores que não são muito bem vistos pelo presidente, como a cultura e as fiscalizações ligadas ao meio ambiente.

Nesse sentido, a Reforma Administrativa proposta pelo governo vem para institucionalizar a prática e aumentar a ingerência política na administração pública. Ao fragilizar a estabilidade dos servidores, assim como suas formas de contratação, o governo pretende aumentar as garras do poder político sobre o Estado brasileiro.