Bolsonaro e Guedes vendem a Reforma Administrativa como uma forma de cortar gastos e tornar o Estado mais eficiente. Mas não são esses os impactos da PEC 32, segundo avaliam especialistas. Aliás, o próprio Ministro da Economia, Paulo Guedes, admite no documento protocolado na Câmara que não há impacto orçamentário e financeiro com a PEC. Precarização e corrupção são os impactos esperados.
Esse foi o tema de debate na última terça-feira (23) mediado por Amanda Audi, diretora-executiva do Congresso em Foco, Charles Alcântara, presidente da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), Alberto Ledur, da Ferderação Nacional dos Servidores dos Ministérios Públicos Estaduais (FENAMP) e Rita von Hunty, professora e youtuber do canal Tempero Drag.
“Se a gente reduz a proteção do servidor, inclusive contra assédio, contra mandos e desmandos políticos, contra apadrinhamento, (…) a gente abre uma grande janela para o peculato”, argumentou Rita. “Podemos estar falando de cem mil cargos que serão entregues a lideranças a assessores e que não passarão por concurso público, segundo o texto. É uma possibilidade imensa de aumento dos casos de corrupção.”
O golpe tá aí. Cai quem quer.