A PEC 32/2020, da proposta Reforma Administrativa do governo, foi tema de mais uma audiência pública nesta segunda-feira (10)
De acordo com a coordenadora da Andeps (Associação Nacional da Carreira de Desenvolvimento de Políticas Sociais), Ariana Frances Carvalho de Souza, a proposta vai ampliar a desigualdade de raça e gênero na administração pública.
Ela apresentou dados do Atlas do Estado Brasileiro 2020 segundo o qual há mais mulheres, no serviço público, ocupando cargos de nível administrativo e operacional, e mais homens nos cargos gerenciais e intelectuais. Os postos de liderança são ocupados, majoritariamente, por homens brancos. Para Ariana, a Reforma vai aprofundar essas desigualdades.
João Luiz Pereira Rodrigues, diretor da Fenasse (Federação Nacional dos Trabalhadores do Sistema Socioeducativo) falou contra a subsidiariedade do Estado complementar à iniciativa privada.
Antonio Carlos Fernandes Lima Junior, da CONACATE (Confederação Nacional das Carreiras e Atividades Típicas de Estado), pediu por um debate mais amplo com a sociedade sobre a proposta. Ele falou em “desastre” para as futuras gerações caso essa Reforma seja aprovada.
O deputado Tiago Mitraud (NOVO-MG), que preside a Frente Parlamentar em Defesa da Reforma, é a favor de mudanças para que, segundo ele, os cidadãos tenham retorno de seus impostos. Segundo Mitraud, o texto enviado pelo governo é um ponto de partida e deve ser aprimorado pelo Congresso.