Reforma Administrativa ou PEC da Rachadinha? - Que Estado queremos?
Debate

Reforma Administrativa ou PEC da Rachadinha?

Reforma administrativa: A PEC da Rachadinha

Em artigo para a Folha de S. Paulo, Antonio Neto (presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros) chama a proposta de Reforma Administrativa do governo de “PEC da rachadinha”.

Neto fala sobre a propaganda “perversa” que foi feita para demonizar funcionários públicos, que outrora gozavam de privilégio no Brasil.

“São servidores públicos como esses que garantem a vida em comunidade. Que permitem que todos os cidadãos —mesmo os que não têm recursos— tenham direito pelo menos ao básico para uma vida digna, como saúde, educação, segurança, ruas limpas. Esses profissionais, em sua imensa maioria, ganham pouco e trabalham muito. Não são uma casta privilegiada, que existe, sim, no serviço público”, explica.

O texto chama atenção para as diversas distorções da proposta, como o fato de não atingir as classes do funcionalismo que acumulam supersalários, o fim da estabilidade e as novas formas de contratação, que abrem caminho para a corrupção e as práticas de apadrinhamento e coronelismo. Segundo Neto, facilitando as “rachadinhas”. Ele também chama atenção para o dispositivo que confere plenos poderes ao chefe do Executivo.

“O que temos é uma população enorme, de mais de 210 milhões de habitantes, que precisa obviamente de um grande número de servidores bem treinados e que possam trabalhar livremente, sem pressões políticas, para atender o nosso povo como ele merece. Precisamos de investimentos adequados nos equipamentos públicos, não de sucateamento e desmantelamento para depois privatizar tudo a preço de banana. Precisamos de uma reforma que enfrente sim o gasto desproporcional e imoral com a casta de privilegiados do serviço público, que não será atingida por essa proposta”, diz.

Veja aqui o texto completo.