Em entrevista à Carta Capital, a ex-ministra Tereza Campello, que esteve à frente do Ministério do Desenvolvimento Social no governo Dilma Rousseff, criticou a PEC Emergencial aprovada no Senado na última semana.
“A emergência hoje é aprovar gatilhos de despesa? Aprovar novas regras fiscais para os próximos dez anos? Não, a emergência seria garantir que a população se alimentasse e ficasse em casa, vacina, salvar as pequenas e microempresas que estão quebrando”, disse.
Tereza Campello chamou de aberração as medidas discutidas no Senado. Ela também destacou que não há justificativa plausível para a diminuição no valor do benefício. “Eram 600 reais. Por que agora é menor, se a situação está pior? Se temos mais desempregados e se o valor das coisas aumentou? Arroz, feijão, óleo, tomate…“, acrescentou. “O que justificaria ser menos? É uma aberração o que está sendo discutido no Senado”.
Segundo a ex-ministra, o próprio teto de gastos é uma política econômica “burra, porque desconsidera o que pode acontecer com o País”. Campello argumenta que “um dos ensinamentos desta tragédia que estamos vivendo é esse: você não pode congelar gastos e continuar assim por vinte anos. É uma coisa demente. Foi isso o que o Brasil fez”.
Veja a entrevista completa.