Funcionalismo público: críticas e realidade da categoria
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Funcionalismo público: críticas e realidade da categoria

Para o Estadão, Relly Amaral Ribeiro, que é mestre em Serviço Social e Política Social, faz uma recapitulação histórica do funcionalismo público para enfatizar a importância do servidor público para a sociedade.

Foi de forma estratégica que a introdução de funcionários do rei se deu no Brasil com a chegada da Família Real Portuguesa em Salvador e, em 1808, no Rio de Janeiro.

O país aos poucos vai deixando os ares de colônia e constrói sua identidade enquanto nação, com o apoio do funcionalismo público, republicanos, proprietários de terras e pequena burguesia comercial (além de outros atores).

Depois, temos os fortalecimento da administração pública com Getúlio e Juscelino, nas primeiras décadas do século XX. Num outro espectro, o Brasil respira neoliberalismo a partir dos anos 90, com o governo FHC. Empreende-se uma reforma administrativa com enxugamento da máquina pública.

Com os governos petistas de Lula e Dilma, retoma-se a realização dos concursos públicos e existe o recorde de contratação de servidores públicos. As críticas com os gastos, abrem o terrenos para se discutir uma nova reforma administrativa.

Aqui, a autora abre um parêntese para dizer que o Brasil não sofre de excesso de funcionários públicos. A OCDE aponta em relatório de 2015 que o funcionalismo público no Brasil não é exacerbado quando comparado a outros países do mundo – ocupamos a 26ª posição, abaixo de países como África do Sul. De acordo com o documento, a média do Total de funcionários públicos x Total de trabalhadores é de 21%, e no Brasil esse número é de somente 12%.

Ribeiro conclui, então, que o problema está naquela parcela ínfima do funcionalismo (0,23%) que ganha supersalários e abusa de privilégios. “Custa 8 vezes mais manter uma pequena elite do funcionalismo público do que toda a massa de brasileiros desfavorecidos, empobrecidos e marginalizados – entre eles alguns servidores”, diz.

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