Queremos hospitais de qualidade para todos, para quem pode pagar e para quem não pode pagar. Como preceitua o SUS: universal, gratuito e integral. Esse é o Estado que queremos. O Ministro da Casa Civil do Governo Bolsonaro, Luiz Eduardo Ramos, General da Reserva do Exército brasileiro, também quer hospital para todos, desde que não se mexa nos hospitais reservados aos militares.
Veja essa fala dele:
Os brasileiros estão em filas esperando por vagas de UTI, mas os hospitais das Forças Armadas têm leitos vazios. E o Ministro da Casa Civil do Governo Bolsonaro, a pessoa responsável por coordenar as ações de combate ao Covid-19 no Governo Federal, defende que os hospitais das Forças Armadas sejam reservados aos militares porque, se não, vão virar hospitais do “INSS”.
Os Hospitais das Forças Armadas são hospitais públicos. Por que não podem atender qualquer brasileiro que precise de um leito de UTI?
Ah, e Luiz Eduardo Ramos receberá R$ 27 mil a mais de salário porque o Ministério da Economia flexibilizou o teto de gastos. Antes, o teto do funcionalismo era de R$ 33 mil, somando todas as remunerações. Agora, o teto é para cada salário. Então, o ministro poderá somar o salário de general e o salário de ministro, furando o teto.
Este é o governo que fala todo dia que é importante ter uma Reforma Administrativa: o governo que reserva leitos de hospital para os amigos e desrespeita o teto constitucional para se beneficiar.
O Estado que queremos deve remunerar bem os servidores, sem ultrapassar o teto salarial, hoje de R$ 33 mil. O Estado que queremos se planeja para prestar serviços de saúde de qualidade para todas as famílias, não para algumas poucas.