PEC 32 é retrocesso democrático, afirma professora Graça Druck
Debate

PEC 32 ‘constitucionaliza a precarização’ e é retrocesso democrático, afirma Graça Druck

Graça Druk fala sobre a precarização e o retrocesso democrático causados pela reforma administrativa

A socióloga Graça Druck, professora da UFBA, é categórica ao afirmar que a PEC 32/2020, da Reforma Administrativa do governo, não tem aspectos positivos. Ela acredita que o projeto enviado ao Congresso no ano passado representa “forte retrocesso para o Estado democrático”, na medida em que atinge a estabilidade do servidor e os concursos públicos.

Druck também acredita que a proposta não representa nenhum tipo de aumento da eficiência, eficácia e efetividade do Estado, ao contrário do que aparece na justificativa da PEC.

Em entrevista para a Rede Brasil Atual, a professora destaca os aspectos mais problemáticos da PEC, como a flexibilização da estabilidade para os servidores e a contratação por “processos simples de seleção” – que ela chama de “coronelismo”.

“Qualquer reforma democrática e republicana do Estado brasileiro precisa estar inserida num projeto político para o país, que tenha como um dos elementos centrais o fortalecimento de um Estado de bem-estar com controle social. Para isso, é indispensável redefinir as prioridades do orçamento público, invertendo o que ocorre atualmente, quando 39% das despesas  são para o pagamento de juros e correções da dívida pública. Ou seja, vão para as instituições financeiras. O problema do país não é a falta de recursos, mas as escolhas que os governantes fazem em  nome das alianças e compromissos com as classes dominantes”, diz Druck.

Veja a entrevista completa aqui.